A deficiência de vitamina A tem sido cada vez mais analisada como um fator relevante na saúde reprodutiva, e Oluwatosin Tolulope Ajidahun aponta que compreender seus efeitos é essencial para entender os desafios da concepção. Esse nutriente exerce papel fundamental em diversos processos biológicos, incluindo a produção hormonal, a maturação dos gametas e a manutenção do equilíbrio imunológico.
Vitamina A e fertilidade feminina: ligação direta com a ovulação
A vitamina A atua na regulação da função ovariana, participando do desenvolvimento dos folículos e da maturação dos óvulos. De acordo com pesquisas recentes, a ausência adequada desse micronutriente pode levar a ciclos anovulatórios ou a irregularidades menstruais, dificultando a previsão da janela fértil.
Outro aspecto relevante é que a deficiência desse nutriente pode reduzir a qualidade do muco cervical, o que compromete a mobilidade dos espermatozoides no trato reprodutivo feminino. Assim, a carência não apenas afeta o ciclo hormonal, mas também interfere na interação necessária entre gametas para que a fecundação ocorra de forma eficiente.

Consequências para a saúde uterina e implantação embrionária
Oluwatosin Tolulope Ajidahun frisa que, além de atuar na ovulação, a vitamina A também está ligada à integridade do endométrio. Esse tecido, responsável por receber e nutrir o embrião nos primeiros estágios, depende da presença adequada do nutriente para manter sua espessura e funcionalidade.
A deficiência de vitamina A pode ainda aumentar a vulnerabilidade a processos inflamatórios uterinos. Esse desequilíbrio compromete a receptividade endometrial e pode contribuir para quadros de infertilidade inexplicada, um diagnóstico frequente em clínicas de reprodução assistida.
Fertilidade masculina: o impacto na produção e qualidade dos espermatozoides
A vitamina A também desempenha papel crucial na espermatogênese. Estudos destacam que a deficiência do nutriente compromete a diferenciação das células germinativas, reduzindo a quantidade e a qualidade dos espermatozoides produzidos. Homens com níveis insuficientes podem apresentar alterações de motilidade, concentração e morfologia, fatores diretamente relacionados às dificuldades de concepção natural.
Adicionalmente, Tosyn Lopes informa que a carência desse micronutriente pode aumentar a suscetibilidade dos gametas ao estresse oxidativo, diminuindo sua viabilidade. Isso é particularmente relevante, pois a integridade do DNA espermático é determinante para o sucesso reprodutivo, tanto em concepções naturais quanto em técnicas de fertilização in vitro.
O papel antioxidante da vitamina A na reprodução
Outro ponto fundamental é a ação antioxidante da vitamina A. De acordo com especialistas, esse nutriente ajuda a neutralizar radicais livres que podem prejudicar a integridade dos óvulos e espermatozoides. Em um contexto de exposição crescente a poluentes ambientais, agrotóxicos e hábitos nocivos, como tabagismo, a presença adequada de antioxidantes se torna ainda mais importante para preservar a fertilidade.
Nesse sentido, a deficiência de vitamina A pode acelerar o envelhecimento reprodutivo feminino e comprometer a vitalidade dos gametas masculinos. O equilíbrio entre fatores oxidativos e antioxidantes é indispensável para manter a capacidade reprodutiva ao longo dos anos.
A relação entre imunidade e fertilidade
Outro aspecto que merece destaque é a conexão entre vitamina A e sistema imunológico. Esse nutriente participa da regulação da resposta imune, evitando que o corpo desenvolva processos inflamatórios exacerbados que prejudiquem a fertilidade. Tosyn Lopes analisa que, ao modular a imunidade, a vitamina A contribui para a manutenção do equilíbrio uterino e para a proteção dos gametas contra danos oxidativos.
Esse elo entre imunidade e reprodução mostra como a deficiência desse micronutriente pode gerar impactos muito além do sistema hormonal, afetando toda a complexa rede que sustenta a fertilidade.
Vitamina A e fertilidade: o elo invisível para a concepção
A deficiência de vitamina A deve ser vista como um fator de risco importante para a fertilidade de homens e mulheres. Sua ausência pode comprometer a ovulação, a receptividade endometrial, a produção de espermatozoides e a proteção antioxidante dos gametas. O acompanhamento médico e nutricional é essencial para identificar precocemente a carência e adotar estratégias eficazes de prevenção e tratamento.
Nesse contexto, Tosyn Lopes comenta que a atenção a micronutrientes essenciais deve ser cada vez mais integrada às abordagens de saúde reprodutiva. Afinal, a fertilidade depende não apenas de fatores hormonais e anatômicos, mas também do equilíbrio nutricional que sustenta os processos biológicos da concepção.
Autor: Lombard Umeran
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.